"La em cima ta o tiroliroliro, la embaixo ta o tirolirolò, La em cima ta o tiroliroliro, la embaixo ta o tirolirolò, juntaram-se os dois na esquina, tocaram a consertina, dançaram solidò, juntaram-se os dois na esquina, tocaram a consertina dançaram solidò"

"Sardao sarapintado, ricocò tirolirolirolò, da cabeça até o rrrrabo e do rrrrabo até o nò."
- de Vovô Faria para os netos. -

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dia de Helena!


Mãe linda,
Feliz aniversário!!!!

Obrigada por ser o maior exemplo de mulher e pessoa que tenho e por compartilhar comigo aquilo que sabes e que és... Que os teus dias sejam preenchidos de sorrisos, mimos e amor... Obrigada por tudo e por me fazer muito feliz, assim como a todos que tem a sorte de te ter por perto. Desejo um dia bonito e gostoso, hoje e sempre.
Compartilho um texto bonito que já li uma vez para você:


"(…) o tamanho das pessoas é uma conta esdrúxula feita entre o corpo que temos e os dias que vivemos. somos do tamanho do que vivemos. como vivemos e lembramos. eu, que queria crescer para salvar a humanidade, ia ter um tamanho descomunal, capaz de chegar as mãos a todos os abraços do mundo e até de ir pé ante pé planetas fora a garantir o sossego do universo. na minha cabeça de miúdo, a vida era inventada para ser maravilhosa, com direito ao mais onírico e votada a ser genuinamente boa. na minha cabeça de miúdo, preocupado com a brevidade do sol, cada instante urgia para o alcance de uma vida melhor. (…) imaginei que estar vivo era, por natureza, amar estar vivo. e pensava que o coração florescia, a deitar flor literalmente, com as cores do céu, porque a felicidade nos dá a sensação de ascensão. sabia lá eu porquê. na verdade, imaginava bem visto que o coração tinha pequenos ramos e se punha a deitar flor. por mim, estava bem assim, a imaginar coisas tolas que eram coisas tolas tão boas. acabei por entender que, para mim, quando o sol se apagar já o tempo foi suficientemente infinito e que, na verdade, há dias para sempre. guardados no tamanho todo do que somos e da memória. (…) uma palavra pode acender todo um fósforo gigante que fica a arder cá dentro o tempo que quisermos. fica cá dentro como o tempo, o suficiente para ter valido a pena, e o valer a pena é a melhor troca pelo infinito que podemos fazer. depois cresci e encontrei o amor e perdi o medo às portas fechadas que rangem. passei a gostar do vento sem mais complicações. (…) tudo quanto fui, escolhendo e errando e acertando outra vez. sou, num mesmo instante, feito do mesmo sonho, do mesmo medo, do mesmo deslumbrado modo. entre os meus dias, alguns são de fato para sempre. sobre eles anoto cuidadosamente a memória, e a intensidade da vida mantém-se. é uma questão de intensidade. só assim nos volta a florir o coração, e a sensação de ascensão se repete.” - valter hugo mãe




Que os seus dias sejam para sempre!

Amamos você muiiiiiiiiiiiiiiiiiiitoooooooooooooo!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Eterna presença

Tocante mensagem que Paula nos partilhou...

"Logo quando tio Fernando faleceu - (08/08/11), tive o conforto de ler umas palavras de Lygia Fagundes Telles, num conto que abri meramente ao acaso, e foi uma surpresa de encher a alma.

Queria compartilhar há algum tempo mas só agora parei para fazer isso.

No conto, ela fala como se estivesse conversando com a mãe de uma amiga sua,que perdeu a filha:

Segue o trecho que me tocou, e que remete ao que sabemos que é eterno:

"Então não vê? Sua filha está em sua carne e além dela, essência indestrutível que se revela no úmido dos seus olhos, nesse simples gesto com que há pouco você arrumou o cabelo - não, ninguém morre. É que os mortos são discretos. Tão silenciosos. Os braços do éter, a voz da aragem. Habituada ao mundo visível, você se desespera com a aparente ausência, quer tocá-la e não consegue atingí-la - ó Deus! - estou tateante, porque as palavras são difíceis, e a morte fácil (...)"

Paula

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ADEUS...



Hoje nos deixa um Homem.


Homem com “H” maiúsculo. Homem como aqueles que sempre deveriam vir ao mundo. Portugal, em momento em que tenta fugir de crise econômica importante, sente-se nobre por tê-lo gerado. O Brasil, país do presente e futuro, ostenta um orgulho indisfarçável por tê-lo acolhido e usufruído sem empréstimo das inúmeras qualidades que ele demonstrou em vida.

Seus gostos refletiam a simplicidade de seu caráter: adorava uma boa prosa, cultuava a leitura, ansiava por uma comida bem feita, venerava um futebol bem jogado. Simples, discreto e descomplicado.


Em vida, fez o que um Homem de bem deve fazer: prestou solidariedade, multiplicou amizades, pautou-se em ética e correção, esbanjou inteligência, perspicácia, conhecimento e senso crítico. Em vida, principalmente, distribuiu amor. Fruto do amor descobriu uma companheira inseparável e teve duas adoráveis filhas. Quis o destino que não tivesse tido filhos homens. Mero acaso... O carinho, a admiração e a adoração que seus inúmeros sobrinhos, afilhados e neto têm por ele é tantas vezes indistinguível do amor que um filho sente por um pai. Foi pai de muitos e possuía uma característica inigualável de distribuir conselhos e chamar a atenção com a sutileza e a educação de jamais elevar o tom de voz.

Levaria páginas pra descrever a nobreza deste Homem. Contudo, a imensa dor de sua ausência em nossas vidas, não me permite fazer tal.


Hoje nos deixa um Homem.


Hoje parte um ÍDOLO.


Que Deus o tenha, meu querido Tio Fernando.