"La em cima ta o tiroliroliro, la embaixo ta o tirolirolò, La em cima ta o tiroliroliro, la embaixo ta o tirolirolò, juntaram-se os dois na esquina, tocaram a consertina, dançaram solidò, juntaram-se os dois na esquina, tocaram a consertina dançaram solidò"

"Sardao sarapintado, ricocò tirolirolirolò, da cabeça até o rrrrabo e do rrrrabo até o nò."
- de Vovô Faria para os netos. -

domingo, 28 de março de 2010

St. Julien en Genevois

Bom dia queridos,

essa semana nos despedimos de Gland e dizemos bem vindo à Saint Julien, cidadezinha da França onde estamos comprando nosso apartamento que serà entregue no final de 2011. Saint Julien en Genevois fica às portas de Genebra (por isso o nome) na regiao de Haute Savoie e assim como Gland, tem 11000 habitantes. A cidade é bem mais perto dos nossos trabalhos em Genebra que onde moramos atualmente.

Quando souber nosso novo numero de telefone aviso a todos.
Meu celular nao vai mudar, continua o da Suiça.

Para os que nao tiveram a oportunidade de conhecer, seguem fotos do nosso condominio de Gland, e do condominio que estamos nos mudando em St. Ju.


nosso condominio num dia nublado.

Fabinho brincando no jardim do condominio

Raissinha na nossa "praia particular" na frente do apartamento.
Pessoal, vamos sentir muita falta de Gland, vivemos 2 anos muito felizes nessa cidade.

Le Parc de Paisy, nossa nova casa em St. Julien até final de 2011.

Bom domingo e beijos à todos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Chegou a Joana!


Nasceu a Joana, filha do Gustavo e da Susana!
Veio aumentar e alegrar ainda mais a família em Portugal, dando também uma irmãzinha para a Inês, primeira filha do Gustavo, e dando a conhecer à Susana a felicidade da maternidade.
Em homenagem ao casal e à bebê, uma musiquinha bem brasileira, mas bem universal:


sábado, 20 de março de 2010

Méqui Donaldis

Eita que Manuella deve estar feliz, finalmente abriu o McDonalds lá em Santa Luzia!!

Um lugar de convívio legal. Quando passa no drive-thru tem sempre um menino pra guardar o carro. Só tem que tomar cuidado quando pedir um Big Mac porque te dão pão com coisa podre, ou seja, o Big Mac normal mesmo.

Reparem que a foto foi tirada com uma câmera de 26 Gigapixels também. Coisa fina.

Beijão!

A gente se vê no Méqui Donaldis!

terça-feira, 16 de março de 2010

Paris Fantástica


Um site absolutamente fantástico:

http://www.paris-26-gigapixels.com/

Em uma empreitada para conseguir a melhor foto do mundo alguns profissionais da fotografia resolveram, para a nossa sorte, se lançar ao desafio tirando uma foto onde a modelo é a cidade de Paris, de maneira que a foto de super-resolução recordista pudesse mostrar para o mundo todo esta cidade que, para o bem e para o mal, é um patrimônio da humanidade e merece ser conhecida por todos.
Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-la pessoalmente (mas vão ter) fica aqui, para você, a melhor e a mais próxima maneira que provavelmente você já teve de vê-la virtualmente.
Eis um trecho saído na imprensa acerca da foto:


"O número de megapixels oferecido por uma câmera digital promove, semestralmente, uma batalha pra ver quem oferece a melhor resolução por menor preço. Desta vez, os milhões de pequenos pontos que aumentam o tamanho e a nitidez da imagem ganharam ares de testes - a visão panorâmica de Paris, na França.
Martin Loyer, Arnaud Frich y Kol, três especialistas em fotografia, produziram um registro da cidade de 26 gigapixels ou 26.000 megapixels (3.000 vezes a mais de resolução que uma câmera comum no mercado nacional de 8 megapixels). A imagem está disponível na web, com a possíbilidade de movê-la aproximadamente 180º, aos moldes da tecnologia que permite
movimentar a câmera para todos os lados.
Os fotógrafos usaram duas câmeras Canon 5D Mark II, lançadas em 2008, e disponibilizaram um vídeo para explicar o projeto. O resultado é semelhante às
imagens capturadas para conhecer a cidade de Dresden, na Alemanha."

Eis aqui um vídeo para divulgação da iniciativa (quem tiver um bom computador e entender alguma coisa de manusear o youtube pode assistir em alta-definição):



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Para os mais dinossauros na lógica da informática dou aqui algumas instruções sobre como brincar com a foto (o site está disponível em inglês e em francês, e quem quiser as intruções assim no original não tem nenhum problema, mas para os que quiserem uma cola em português eu posto aqui). Para os que não são dinossauros podem pular algumas das dicas mais básicas, mas ainda assim vão tirar proveito se ler as partes em negrito:

Uma janelinha cinza-transparente com o título Brownsing Tips (Dicas para Navegar) vai aparecer na frente da foto. Feche-a clicando no "X" dentro da bolinha no canto superior direito desta mesma janelinha. Mas antes de mandar vocês fechá-la vou me aproveitar da mesma e traduzí-la para vocês, facilitando meu trabalho de explicar o funcionamento do site (afinal, é para isso que a janelinha tá lá). Eis aí o que quer dizer cada coisa:

Depois que você fechar esta tal janela vai ter à disposição, do lado esquerdo, um pequeno "menu" com as operações que podem ser feitas na foto, e é a esses comandos que a explicação acima se refere.
Logo, é este o menu - ou barra de funções, se preferir - que vão ver no canto:

Da esquerda para a direita: o 1º símbolo vai fazer um giro pela foto, mostrando os pontos visíveis mais famosos da cidade. O 6 símbolos que se seguem são para o controle do direcionamento e do zoom da foto. Vocês podem controlar essas funções clicando ali, ou diretamente à partir do mouse: quando segurar no mouse, sem largar o dedo, você pode ir "andando" pela foto arrastando para todos os lados o mouse. Quanto mais devagar arrastar, mais devagar movimenta (uau). Para os que preferirem, podem fazer a mesma coisa apenas clicando nas setas da barra que correspondem ao lado que deseja direcionar a visualização da imagem. Se clicar duas vezes em algum ponto o site vai fazer um zoom sobre aquela parte, ampliando o ponto em questão. Pode também ampliar ou desampliar, i.e., pôr mais ou menos zoom clicando nos símbolos de "+" e "-". Notem que a primeira - e automática - resolução da foto que aparece ao entrar no site pode ainda ser desampliada e mostrar ainda mais coisas da paisagem, dado que está com um ligeiro zoom em comparação com a captação total da câmera. O símbolo seguinte é a opção para passar para a tela cheia, onde a imagem vai ocupar a tela inteira do computador. Quanto ao símbolo que vem logo depois, quem quiser se sentir na Paris mais idílica pode ficar ouvindo a música que abre automaticamente na página, mas quem não tiver paciência ou quer curtir a paisagem no silêncio basta clicar no símbolo do volume (que eu traduzi como "som" lá nas dicas de navegação) que ela para. Aquele outro símbolo que vem em seguida controla a rotação automática da imagem, pois quando se entra no site a foto está lentamente se movimentando, e, portanto, se você clicar lá ela para, e só você comanda o movimento. Depois temos o símbolo com a letra "i", que é um indicador que mostra lugares mais turísticos na foto, com os respectivos nomes dos lugares ou coisas, mas se você quiser que esses símbolos informativos sumam da foto, para que o objeto possa ser visualizado melhor, basta clicar aí neste tal "i" na barra de funções (e se você clicar em cima dos "i"s dourados espalhados pela foto aparece uma janelinha explicando o que é aquilo, mas está em inglês). Por último, têm o símbolo com a interrogação, que a única coisa que faz é abrir aquela janela com as Dicas de Navegação de novo.

Para fazer desaparecer essa barra, esse menu todo, deixando aquele canto da foto "limpo" basta clicar na setinha branca apontando para baixo do lado da palavra "navigation" naquela barra mais escura logo abaixo dos botões todos.

No canto direito vocês podem ver uma compilação de fotos, onde encima está escrito The 20 Most Beautiful Paris Monuments (Os 20 Monumentos Mais Bonitos de Paris). Se você clicar em um deles a foto vai focar lá. Para tirar esta janelinha com os monumentos selecionados do seu campo de visão, de modo a ter somente a própria foto interativa na sua frente, basta, mais uma vez, clicar na seta branca que aponta para baixo na barra mais escura, abaixo das fotos dos tais monumentos, do lado das palavras "go to...".

Antes de pôr em função de "tela inteira" repare que está escrito HD no canto superior direito: clicando ali, e se você tiver alguns programas específicos instalados no computador, vai poder ver a foto em uma ainda maior resolução (mas a diferença é pequena, melhor percebida nos zooms muito fortes).

Ok, acho que deu para todo mundo entender.


Desfrutem a cidade das luzes e dos amores vagabundos...

domingo, 14 de março de 2010

Visitas Ilustres 1

Vou começar a postar as visitas que já tive a alegria de receber ao longo deste começo de 2010. Não é na ordem cronológica, mas vou postando e explicando todas. Vamos ver se estimulo vocês a virem também. O meu prazer de receber gente aqui é maior do que o de vocês de virem.
Há cerca de um mês atrás estiveram aqui por Paris umas amigas portuguesas - as irmãs Joana, Raquel e Inês, de Vila do Conde. Apesar do frio e neve deu para fazermos bons passeios na rápida passagem delas.

Perto do Centre Pompidou, se brozeando.

A Igreja de St.Eustache

Cenas do cotidiano parisiense. Aqui, um homem saindo pela parede.

Na escadaria da Sacré Coeur com seus jardins belamente cobertos de neve.

Procurando um jardim escondido


Achando um sobre a ponte.

Detalhe do lugar


Bem, eis aí alguns registros. Espero que tenham gostado e que em breve possa ser o de vocês!
Ao longo da semana vou pondo outras visitas.

;)

Beijos em todos, e até logo!


O que é Importante.


(foto no dia seguinte, já sem o terno e gravata, na saída da cidade de Coimbra, para ficar de lembrança do local onde foi a prova para equivalência do título)

Amada Família,
Obrigado pelo apoio, pela torcida, pelas orações e energia positiva de todos que, junto comigo, me ajudaram em todo este período, desde a vinda para cá até este momento que estabiliza de forma definitiva minha situação profissional aquí.
Antes de qualquer reconhecimento externo, o melhor e o mais importante reconhecimento que tenho, é o das pessoas que amo e fazem parte da minha vida.
A vitória conseguida é importante, me sinto extremamente feliz com ela, mas se não soubesse antes de tudo, que há pessoas com quem compartilhar, que amo e sei que me amam, ela seria apenas um evento e não teria este sabor todo especial que agora tem.
Lembrei-me muito, durante toda a sexta feira, do ensinamento de Gabriel, em nossa festa da família, no final do ano (acontece todos os anos na família Medeiros, em que cada um que queira, fala algo para todos): fechava os olhos e via todos vocês comigo naquela sala, e isso me estabilizava, me dava forças, foi incrível..experimentem que funciona mesmo.
Obrigado a todos.
beijos carinhosos e saudosos a todos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dia D


Querida Família,

Dia D - de Doutor Geraldo Medeiros.

Nesta sexta-feira, dia 12/Março/2010, acontece a prova de título de especialidade - Médico Radiologista - na cidade de Coimbra, às 9 horas, na Ordem dos Médicos.

Concentração, preparação, dedicação, ação, aprovação!

Juntos numa corrente de pensamento positivo, torcemos todos pelo nosso amado Doutor "guerreiro"Geraldo.

Iluminando o seu caminho, lembre-se de sua frase de inspiração:
"Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus".

segunda-feira, 8 de março de 2010

delírios, derosas e decravos

“Isto de estar vivo um dia ainda acaba mal” é uma frase de Manuel da Fonseca, poeta português, que já não se preocupa mais com o tal dia. Meu cérebro é tão reduzido que não alcanço os grandes poetas e só vejo as coisas pela metade. Para mim e a minha verdade o que interessa é que “isto de estar vivo um dia ainda acaba”, e só. Para mim é ponto aqui. Se a vida é boa então o fato de terminar já é mal por si só, e falar mais que isso é pleonasmo. Mas nem é bem assim: quando a gente morre somos os únicos que não estamos preocupados com isso. A gente está mais Paz & Amor que o maior hippie que jamais existiu. Por isso não vem adjetivos, isso de estar vivo um dia ainda acaba.
Mas pára aí com isso: isso de estar vivo dura. A gente só diz que dura pouco quando já duramos um tempão. Tem gente que é tão alucinado com isso da duração que o viver dessa gente vira uma dureza mesmo. Aí sim, com essa opção pela tortura mental os dias demoram bastante para passar. Sabe como é, aquele gosto em carregar a Cruz. Isso por si só é uma ofensa ao seu Jesus. Se fosse para a humanidade carregar fardo ele tinha partilhado a cruz, Pedro segurava aquela ponta, Madalena segurava atrás, cada um levava com um prego, por aí vai. O coitado disse vezes sem conta que veio para sofrer na cruz pela humanidade, e não com a humanidade. É como um pai se jogar na frente do carro para salvar o filho e o filho amanhã se jogar na frente de outro carro para “honrar” o exemplo do pai. Tome cuspe no sacrifício do pai! Mas podem parar de bocejar, esse texto pode ser para uma porção de coisas menos sobre religião, graças a Deus e Nossa Senhora. Enfim, o “x” da questão é o seguinte: a vida é para ser vivida, e vivida muito bem, de preferência de uma maneira hedonista. E com uma cabeça fria e um coração mole. As coisas são capazes de passar mais rápido assim, mas passam muito melhor, deixando gosto bom na língua. Imagine que é como escolher entre passar dez horas no carrossel mais insanamente tedioso do mundo ou uma hora na montanha-russa mais alucinadamente prazerosa do planeta.
Pode não parecer mas eu sou hedonista, só que do pior tipo: o extremamente egoísta. Não estou nem aí para ninguém. Faço as coisas (tudo) exclusivamente pelo meu prazer. Uma pessoa ingênua pode discordar: “Não corresponde à verdade, você faz isso e aquilo, e comigo mesmo já fez aquilo outro…” Não gastem a saliva. Me digam: eu perguntei para algum de vocês se vocês queriam que eu fizesse aquilo que fosse antes de eu fazer? Há uns poucos anos, muitos sabem, viajei para um outro país para fazer umas coisas. Algumas das pessoas com quem fui (eu disse algumas) me contaram que estavam fazendo um grande esforço para se adaptar à nova realidade que estavam vivenciando mas que estavam orgulhosas do sacrifício que estavam realizando. Eu também sentia orgulho nelas mas em outra parte sentia uma culposa pena. Eu não fiz sacrifício nenhum! Sou o preguiçoso do grupo, de uma maneira desonesta até. Antes de ir me disseram que eu tinha que obedecer uma regra-de-ouro: Renúncia! “Renúncia ao celular, a acessórios de grife, ao livre acesso a um computador”, entre outras investidas. Quando ouvi isso pensei que estava sendo premiado, e não entendi porquê. Para mim sacrifício é não poder renunciar ao celular, computador, luxuezas, essas coisas que me fazem renunciar às coisas que eu mais gosto na vida: não ter um celular, não perder tempo no computador ou não comprar roupa. Senti que estava usando aquelas pessoas, que praticamente me davam dois meses de diversão e - olha ele aí - hedonismo. Sleeping cheek-to-cheek, everybody stopping to speak, fun during all week, you turn around to take a final peek, and feel you wanna stay in Mozambique.* Tal e qual. E fui malicioso ao ponto de não contar para eles que não estava fazendo renúncia nenhuma, desobedecendo, portanto, a principal regra que eu tinha de respeitar. A outra regra era rezar duas vezes por dia ou mais. Como eu rezo cerca de duas vezes por ano não estava, mais uma vez, renunciando a nada (me deu pena dos que rezavam dez vezes por dia, pois tiveram de diminuir o ritmo). Mas sabe, essa experiência me fez acreditar mais em Deus. Rezava sempre por um pouquinho mais de sacanagem por ali e ele atendeu as minhas preces. Praise the Lord!!!*
A parte engraçada é que depois que contei um pouco da tal sacanagem que rolou na minha viagem para algumas pessoas que viajaram para outros lugares (eu disse algumas), qual foi a minha surpresa quando elas me contaram coisas parecidas e até mais para baixo? Pois é, adivinhou a minha surpresa quem respondeu “nenhuma surpresa”. Engraçado mesmo foi ver gente “reprovando” o meu hedonismo e que nem desconfiavam que eu sabia que, perto delas, eu era um carneiro do lado do Marquês de Sade. Pois é, é o chamado “hedonista enrustido”. Um dia sai do armário, mas com toda a probabilidade tropeça na gaveta.
É como aquela doida casada que há muitos anos atrás, quando eu ainda era um moço inocente que queria a mesma coisa que querem todos os moços inocentes (e os não-inocentes também), tentou de tudo para ficar um pouco menos casada através de mim (não vou dizer que tentou de “tudo e mais um pouco” porque eu não deixei chegar na parte do “mais um pouco”, e Deus sabe como foi por pouco). Nunca mais falei com a moça nem com o sortudo do marido dela (claro que é sortudo porque esse pessoal que gosta de um cônjuge que gosta de uma poligamia gosta da poligamia do cônjuge mais do que o próprio cônjuge. Por isso um sortudo, encontrou quem queria.) mas soube que andavam por aí a moralizar a vida dos outros, pedindo para os outros fazerem o oposto do que eles fazem (ou melhor dizendo: pedindo para os outros não fazerem aquilo que eles fazem para caramba). Enfim, se houvesse uma Igreja ou uma ONG para ajudar esse pessoal eu doava mais dinheiro do que para o terremoto no Haiti. Quando eu vejo esse pessoal enrustido me dá uma pena shakespeariana (os mais confusos pensariam que isso revelaria que não sou o egoísta que falei. Mais uma vez se enganam: só ajudo os outros pelo prazer que a consciência me dá. Se não tinha esse prazer não ajudava. Por isso, caímos no egoísmo de novo. Sem renúncias, sem sacrifícios, uma sacanagem só.) Oscar Wilde dizia que “o homem que moraliza é normalmente um hipócrita”. Por isso eu só imoralizo, para não cair na armadilha de não corresponder comigo mesmo. Viu como somos preguiçosos? Assim fica fácil. Dessa forma o meu único dever moral é ser imoral. E com essa coisa de dever moral não se brinca. Mas como essa frase soa àquelas dos que são normalmente um hipócrita vou fugir deste parágrafo.
Hedonismo é a cura para a hipocrisia. Não é nenhum segredo que o meu tataravô era padre. Vocês podem imaginar o quanto eu sou grato por ele ter feito o mesmo que faz todo padre. Afinal, herdei o único dever moral que o meu tataravô tinha. Praise the Lord!!!
Mas já que desperdicei o tempo precioso de vocês que conseguiram ler até aqui, e sem pedir permissão nem dar explicações (egoísmo?), culmino agora no topo máximo do meu egocentrismo: lembra que antes falei que isso da vida um dia acaba, mas que a gente não vai estar nem aí quando acontecer? Aliás, a gente não vai estar nem aí nem aqui mesmo. Enfim, tomei uma decisão importante na minha vida. Talvez até seja o caso para dizer, uma decisão importante na minha morte. Anotem aí as gerações mais novas do que eu (as mais velhas vão perder o show): é para tocar Jorge Ben Jor no meu funeral. O velório inteiro. Se quiser pode pôr um James Brown, mas tem que intercalar com Jorge Ben. Salve, salve, simpatia!! Viva, viva, alegria!! E a propósito, não é nem para fazerem o meu funeral. Mal eu morra enterra logo, para não ficar aquela tortura de ficar vendo gente tão fria, tão fria que não tem nem a sensibilidade de corresponder às lágrimas de vocês, tamanha indiferença (ps: acredito, no entanto, que a minha indiferença com os “enrustidos” de que falei há pouco é tamanha que é capaz de lhes dar um pouco mais de atenção depois de morto. Mas não deixem.), e ponham lá no lugar para velar umas fotos minhas na praia só com as primas mulheres, de maneira que na minha despedida eu esteja sempre sorrindo para quem olhar lá para dentro (dependendo da prima o sorriso pode ser mais ou menos safado, mas lembrem-se que o momento é de respeito e o que vale é que vai ser o mesmo sorriso para todos). Eu normalmente estranhava naqueles filmes americanos o pessoal ir para a casa da viúva comer salgadinhos depois do enterro do seu Smith, mas agora sou não só a favor como, por mim, incluía farofa, feijão preto e caranguejo no cardápio. Isso sim seria honrar a minha memória e lembrar como eu sou gente boa, bem mais eficaz do que ler poemas estilo gótico contando as paixões que não tiveram quando podiam ter. A propósito, está permanentemente proibida qualquer intervenção com choro evocando um misto de memórias do que eu não fui e passagens bíblicas, corânicas ou toráicas. Piada pode contar.
Raul Solnado, um gigante do humor e do teatro em Portugal, faleceu ano passado. Millôr Fernandes, num majestoso texto que escreveu (opa, pleonasmo! Millôr = escrita majestosa), disse: “Raul foi meu amigo a vida inteira. A dele. Traidor. Continuo na minha.”
Não consigo imaginar uma maneira mais singela, bonita e verdadeiramente íntima de declarar as saudades para um amigo.
Parafraseando Millôr (coisa que faço dia sim, dia sim), sou um pouco como Raul Solnado: português que sou, aceito o fado, mas não o destino.
Quando vivi em Portugal (faz tanto tempo) vi vezes sem contas as senhoras mais velhas do interior irem para o cemitério todo domingo, vestidas de preto de uma maneira de fazer uma burka parecer um biquíni, velar e enfeitar a sepultura do marido, que faleceu há 45 anos e deixou sete filhos, dezoito netos, vinte e duas amantes, milhentas dívidas e uma mulher que amou. Mas não vamos falar da mulher que ele amou, vamos falar da outra com quem ele casou. Com esse legado até eu me vestia de preto para sempre. Pois é, as velhinhas iam lá todo santo domingo, e nos não-tão-santos-assim também iam, esticar um pouco mais o luto que sentiram pelo marido. Eu pensava “Nossa, como é forte a cultura do ‘velar’ aqui em Portugal, e essa coisa do sagrado domingo no cemitério para o pessoal mais tradicional.” Quando o meu Avô e amigo querido se despediu de mim para ir contar as novidades para a minha Avó, em 06 de Janeiro de 2008, eu percebi logo de cara: era domingo. Típico. Todo mundo passou aquele domingo no cemitério. Todo mundo foi um pouco mais velhinha portuguesa do interior aquele dia. Mais português que isso só se ele estivesse ouvindo fado e comendo bacalhau nos seus últimos momentos. Mas acho que passar a noite ouvindo fado dá mesmo vontade de se matar, por isso duvido que ele fizesse. Meu Avô, tenho a certeza, recebeu muitas homenagens naquele dia. Mereceu todas, e mais ainda. Por pura coincidência (isso digo eu, mas devia mesmo era perguntar ao meu Avô primeiro antes de afirmar) viajei naquele dia. Para onde? Portugal. Acho que não havia para mim nenhuma maneira, no mundo, de homenagear mais o meu Avô e a memória dele do que atravessar o Atlântico e ir para Portugal. Lá chegando beijar o chão.
Toda vez que eu ia para Lisboa, toda vez, eu ligava para o meu Avô em São Luís para dizer que estava pensando nele e que lhe amava. Não tem lógica, na verdade. Meu Avô viveu a juventude toda no interior de Vila do Conde, às vezes indo para o Porto, só indo para Lisboa quando se alistou no exército para defender Portugal na Segunda Guerra Mundial (pois é, o meu avô é caba-homem). Eu morava em Vila do Conde e estudava no Porto.Estava no chão dele todos os dias. Mas acontece que por motivos celestiais eu sempre me sentia chocado quando chegava de trem em Lisboa, passeava por aquelas ladeiras, desviava do bonde, sentia o cheiro do sal e passava em frente aos monumentos e prédios do governo. Era ali, naquele momento e lugar, que como uma enchente eu era tomado da consciência de que estava em Portugal!! Isso me obrigava a ligar para o português que eu mais gosto no mundo e dizer que estava pensando nele. E assim eu fiz sempre. Naquele dia de janeiro ele não atendeu o telefone. Mas eu sei o motivo. Estava ocupado, conversando com a minha Avó. Não o culpo. Mas vejam só como são as coisas: era tanto assunto que até hoje ele não atende. Fico feliz por ele. Amo muito esse gajo.
Seu Manuel Faria foi o meu Avô a vida inteira. E continua sendo. Ai Jisus! Dá lá um béijo neste portuga, se faz favor!

Por que todas essas lembranças?
É verdade, por que mesmo comecei a escrever?...
Isto de escrever um dia ainda acaba mal.
Bem, vou deixar vocês saberem que estou voltando de um enterro. Não foi hoje, foi há pouco mais de dois dias. Em Portugal, sim. Mas já voltei para as “obrigações”. Obrigação devia se chamar quando se vai a um enterro, e não quando se viaja para Paris. Mas evitemos as polêmicas. Estive lá neste momento, e em tudo o que dele faz parte, e depois, pensando na vida (?), percebi que me despedi de mais gente do que queria no último um ano (vamos nos limitar só a um ano, por favor). Nos últimos cinco meses foram quatro despedidas. Está bem, eram quase todos muito velhinhos, mas a saudade não foi menor. Digamos que foi até proporcional à idade. E aí que percebi: ando escrevendo muitas despedidas ultimamente. Tanta despedida, diriam meus primos portugueses, dá cabo da cabeça de um gajo. Como a minha cabeça já perdeu o cabo há muito tempo, só me restou ficar mergulhado nos meus pensamentos e pensatempos. Não é à toa que minha amante se chama filosofia, e é uma depravada. Me deixa exausto se eu não a paro. E eu não costumo pará-la. Pois bem, eu lá pensando, vocês podem imaginar o cheiro de queimado, e decidi que não quero nada daquilo para mim. É verdade que pelo menos nessa hora a gente devia deixar os outros chorarem ou rirem à vontade e fazerem o ritual que quiserem, que lhes confortar mais, deixando-os livres por completo. A minhas exigências ficam assim, então, mesmo demasiado exigentes. Lembrando que não quero, portanto, o funeral, a missa, o enterro e, acima de tudo, a morte. É, deixem para lá. Faça como quiser. Eu não vou estar nem aí para vocês. Vou ouvir Jorge Ben, brincar de espada com Daniel, contar piada com seu Didi e comer bacalhau com Vovô, e não vou estar nem aí para os que ficarem. Vou furar o meu próprio velório, gente! Bem, o jeito é aproveitar os 7854946 anos que, com certeza, ainda me restam. Vou pedir para ter uma boa vida, longa e cheia de prazeres. Gosto tanto da vida que num esforço de imaginação - verdadeiro, devo dizer - não consegui conceber nada que pudesse ser um paraíso ligeiramente melhor do que o que já conheço. Vou pedir para que as outras pessoas também tenham essa vida e esses prazeres. Quando eu peço, Deus atende. Acho que é porque eu não encho o saco dele pedindo sempre, então quando acontece de pedir ele deve dizer “Meu Deus! (notem que Ele é incongruente) Nunca me pede nada, vou atender esse.” Afinal, Deus é mesmo pai! Deve ser por causa da minha modéstia ou humildade. Mas isso é só a minha teoria. A de vocês é outra e é igualmente certa.
É. Vou viver. Hedonisticamente.Até quando, eu não sei. Vou viver. Isto de estar vivo um dia ainda acaba.


Traduções:
*Dormindo agarradinho
Todo mundo pára pra conversar
Diversão a semana toda
Você vira para dar uma última olhada
E sente que quer ficar em Moçambique

*Louvado seja o Senhor (com sotaque de senhora negra do sul dos Estados Unidos gritando)

1: Quem não entendeu nada, não tem nenhum problema. Ficou no mesmo lugar que eu. Por isso que a gente não se larga, como sururu.
Ei, assistam "Contato" um dia desses.

2: Não façam como o meu microsoft word, que depois que eu escrevia a maior parte das coisas ia lá e as sublinhava com um traço verde, pedindo para eu clicar encima, e quando eu o fazia ele tinha a moral de me dizer “sem sugestões. Ignorar a frase”. É por essa mania, de ignorar as frases, que o word lê muito mas não entende nada. Como algumas pessoas. Ignorem esse erro.

domingo, 7 de março de 2010

Milano!

Bom dia pessoal,

segue a postagem do nosso fim de semana em Milao.
ADORAMOS tudo!!! Belas ruas, belas pessoas, belas lojas, muito belas lojas mesmo, tanto de casa quanto de roupas, enfim, tutto molto bello... e o tempo, simplesmente perfeito, na faixa de 7 graus, lindo sol e sem uma nuvem p contar a historia.




Na Piazza Della Scala. Onde ficam o teatro Scala, a estatua de Leornardo Da Vinci e uma das entradas da maravilhosa Galleria Vittorio Emanuele.


dentro da galeria Vittorio Emanuele, nunca vi nada igual... seguindo até o final saimos na Piazza Del Duomo, onde fica a catedral.


a bela catedral Duomo.

Noite de aniversario, fomos comer no maravilhoso Porca Vaca. Lindo, aconchegante e delicioso.
Amei o lugar!!!



Durante os dois dias andamos pelas ruas famosas de Milao. Conhecemos quase todas as "corsos" e as duas super badaladas: Via Montenapoleone e Via Della Spiga.

Pessoal, fiquei impressionada como os italianos dessa cidade fazem questao de mostrar que estao numa das principais capitais da moda e mae das grandes marcas Gucci e Prada. Os homens conseguiam ser mais impecaveis ainda que as italianas impecaveis...

Via Montenapoelone acima e Via Della Spiga abaixo: ruas poderosas!!!





tudo lindo!!! Piazza Della Scala e a estatua de Leonardo durante o dia

a catedral durante o dia.

e a outra entrada da galeria pela Piazza Del Duomo

Adoramos tudo e ja estamos de volta em casa organizando a nossa mudança.
Pessoal, esqueci de falar p vocês, o maior presente foi ouvir Fabinho cantando parabéns p mim em inglês no telefone, e falando no final: te amo Dinda.
Obrigada a todos pelas mensagens, e.mails, telefonemas, o melhor do dia de aniversario, é isso, ouvir quem a gente ama.

Beijosss e bom domingo a todos!!!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Parabens meu amor

Oi pessoal,

estou fazendo a postagem hoje porque amanhã, dia 5 vamos p
Milão comemorar os 31 aninhos de Nanda. Minha linda é tudo
de bom na minha vida. Te amo sempre.





segunda-feira, 1 de março de 2010

Dia de Frederico!

Parabéns, Feco querido,

Muitas bênçãos sobre a sua vida e de sua família!

Que no dia de hoje você possa alegrar-se pelos bens que tem, em especial, sua maior riqueza, sua família.

Celebrar a vida junto ao seu amado filho Rafael, e de sua mulher, e de todos os que lhe amam.
Que junto aos seus amores possa viver as maiores alegrias e experimentar as mais belas emoções.

Que realize-se no trabalho e faça progressos, conquiste recompensas e reconhecimento profissional.

Estamos sempre na torcida pelas suas vitórias

.
Receba de toda a sua família, o nosso afetuoso abraço e um beijo carinhoso pelo seu dia,
e o nosso amor, sempre presente.

Felicidades!

Saõ os amorosos votos da família Faria.
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