"La em cima ta o tiroliroliro, la embaixo ta o tirolirolò, La em cima ta o tiroliroliro, la embaixo ta o tirolirolò, juntaram-se os dois na esquina, tocaram a consertina, dançaram solidò, juntaram-se os dois na esquina, tocaram a consertina dançaram solidò"

"Sardao sarapintado, ricocò tirolirolirolò, da cabeça até o rrrrabo e do rrrrabo até o nò."
- de Vovô Faria para os netos. -

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mananda

foto gentilmente cedida por Guga Faria

Alguns dias atrás entrei em contato com tia Helena por e-mail e lhe dei a notícia de que Mananda não havia resistido a uma cirurgia para retirada de um tumor. Mencionei o quanto fiquei triste, afinal de contas Mananda esteve comigo por longos tempos além de fazer parte tambem da vida de tio Fernando, tia Célia, tia Helena, tio Geraldo, Lucas, Paulinha, Biel, Guga e por ai vai na família Faria ..
Hoje, ao abrir minha caixa de e-mail me deparei com uma agradável surpresa que achei necessário compartilhar com vocês. Segue abaixo o texto que Lucas escreveu quando soube da notícia de Mananda.

ps: Luquinhas, antes de mais nada parabéns pela escrita, é contagiante. Muito obrigada pela homenagem, de verdade. Vc não sabe o quanto isso significa pra mim!


Hoje, chegando em casa, vi um velho cachorro passear na rua. Saía com sua dona, tarde, às 11h da noite, do barzinho onde até tantas outras horas a mulher madruga, ladeada do cão, que fecha as portas do bar como um cliente animal, que na verdade é o companheiro de sempre da patroa. E esse pastor alemão velho me chamou atenção, eu que nunca tinha olhado com mais cuidado. Ele podia ser a versão canina do velho do mar de Hemingway. Estava ali, velho e companheiro, arrastando a idade pela rua de noite. A dona seguia, como de hábito, para deixá-lo fora um instante, apenas o suficiente para respirar ar novo, fazer xixi, e lembrar que é cão, que marca território e ri dos postes. Mas esse pastor alemão - eu pude ver - é muito idoso. A idade marca os seus gestos feitos, e principalmente os não feitos. O pêlo já abundava em cinza. Só não abundava mais porque caíra antes. E o passo manco... parecia uma ameaça de cambalhota em cada patada nova. Como ele andou meio sem sentido entre o muro e eu, perguntei-me se não era também cego, se a visão já tinha ido antes dos olhos. Acho que sim. Ou quase. Mas fiquei admirado. O cãozinho, que em outros dias deve ter sido um macho aventureiro, estava ali, sobrevivendo pelo dever canino de acompanhar sua dona na tarefa sagrada de fechar o bar da esquina. É curioso como os animais repetem suas rotinas. Não há compromissos ou desejos que pudesse lhe deseducar no empenho com que iria fazer o mesmo passeio noturno até o fim das suas forças, e dos seus dias - e noites. Sentia-se isso. E ali passava eu, admirado com a condição penosa do bicho, que quase falava "Sou velho.", mas existia mesmo assim. Ainda. Sempre. E não puder impedir de pensar num outro amigo canino. Esta, na verdade, uma cadelinha. Ela também, cãotadinha, velha de manhã, e velhinha de tarde. Cega, sim; pesada, sim. Qual será o peso dos anos? 21 gramas? 10 quilos? O cão não vive mais do que quinze anos. Para ele, aí está toda a eternidade dada. Mas ele não se preocupa. Não é humano, é bicho. Não angustia, só vive. Nunca um deles me perguntou o que ia fazer amanhã, apenas ocupou-se em estar hoje., sem mais e maises Um cachorro, se visse o que eu escrevo, comia, e fazia muito bem. Mas a sina desse bicho é andar com gente - vai entender porquê, entre tantos bichos de Deus - e aí se angustia, se preocupa, se escreve. A cadelinha em quem inevitavelmente pensei era Mananda. No ato, lembrei-me dela. Fiquei ali pensando em como estava essa outra velhinha, essa anciã danada. Lembro de quando a vi ainda brotinha, ainda aprendendo a falar a língua de cão. Dei comida para Mananda quando nem latir ela sabia. Faz tempo, parece. Minha memória pode me dar rasteiras, mas acho que foi ali por volta de 1997, 1998, salvo erro. Até que ela figurasse fumando e bebendo nas fotos com Gustavo passou muito carrapato. Fiquei com medo, na época, de passá-la para Juliana. Desculpas à minha prima querida mas até então tinha a sensação de que nenhum bicho durava muito tempo na casa do Calhau, por motivos diversos. Mas veja bem, me enganei feio - que bom! Contrariamente às fotos dos parentes desocupados, Mananda recebeu os maiores cuidados e viveu bem - e bastante. Viveu tudo o que podia. Catorze anos não é brincadeira para sua raça. Já imaginou se vivêssemos o máximo do humanamente possível? Não há do que se queixar. Mas é verdade que me lembrei dela. E tem só algumas horas, quando entrava em casa... É engraçado quando sei que nunca penso nela. Ao menos, não é normal na minha rotina. E me dizia: "Gente, brincando, brincando, Mananda também está desse jeito, velhinha, mas enganando todo mundo, resistindo sempre, me pregando uma baita surpresa todo fim de ano quando abro a porta de tio Neca e vejo Mananda se levando casa afora." É... "Até quando será que ela vai aguentar? Até onde vai levar? Será que ainda vou vê-la uma vez mais em dezembro? Ela é forte, essa cadelinha..." E mal tem um par de horas que me punha essas questões.
Quando criança, havia um filme que eu adorava. Chamava-se "Todos os Cães Merecem o Céu". Que filme bonito, que talento para contar uma história singela sobre a vida para as crianças. Sempre me chamou a atenção como os pequenos gostavam de ver e rever as mesmas cosias vezes sem conta. Os mesmos filmes, os mesmos desenhos, os mesmos gibis, as mesmas histórias para dormir, as mesmas piadas, os mesmos contos. Será que querem ter a certeza de que o mundo é confiável e não vai lhes enganar, mudando tudo de lugar? Que podem nele confiar, sabendo que não vai subitamente se modificar? Nunca saberei, pois só podia responder há 20 anos atrás. Mas como eu vi esse filme, e tão repetidas vezes. Nem ouso rever, pois sei que não entenderia mais nada que tão preciosamente compreendi quando criança. Mas a mensagem do filme permanece cristalina: todos nós vamos para o céu. Gente, bicho, adulto, criança, bons, maus, confusos... todos. Lembro que quando seu Didi (avô de Marco Túlio) morreu, escrevi que ele ia finalmente poder rever Rosa, a papagaia que lhe fez companhia durante tantos anos. No mesmo texto lembrei do seu filho, Sérgio, que morreu antes dele, e que era surfista e jogador de bilhar profissional no circuito internacional do Olho d'Água. Aí escrevi isso: "Se eu pudesse fazer uma aposta agora, diria que Rosa é o “membro” da família mais alegre no momento pois ganhou de novo a companhia do Sérgio e de seu Didi lá no céu, onde com certeza tem papagaio, surfe, bilhar, e gente boa do calibre de seu Didi." Não minto. A morte traz, às vezes, muita tristeza para quem fica, mas quase sempre - ou sempre - traz dignidade para quem vai. E apesar de me admirar com Mananda, que entra ano, sai ano, levava a velhice de tiracolo, brincando cega no jardim enquanto surpreendia muita gente, sei que agora ela está sossegada, num jardim que, vejam só, só nós é que não podemos ver.

Obrigado tio Fernando, Mamãe, Paula e Juliana, as principais responsáveis pelo surgimento de Mananda na nossa varanda, e a todos que cuidaram dela. Sempre foi uma cachorrinha muito engraçada e simpática, e agora o bronze do seu pêlo reencontrou a leveza que outrora lhes dourava. Um beijo

sábado, 25 de junho de 2011

Hello, "a vida é uma festa"! Viva 24/Junho!

Parabéns e felicidades, Fátima!

Para quem sabe fazer da vida uma celebração - por reunir em si, os meios de gratidão ao dom da vida, e saber valorizar e viver cada momento como a eternidade a que temos acesso - isso, sem duvida, é um dom e uma inteligência, e um desejo decidido de fazer-se bem.



No seu dia, em especial( mesmo no calendário, nasceu em dia de festa - dia de S. João- "homem enviado por Deus" - padroeiro da amizade), enviamos os nossos votos de que todo dia seja um presente divino e que humana, e sabiamente, viva cada dia melhor e mais feliz.

Com amor, beijos de sua família Faria.



domingo, 19 de junho de 2011

Uma boa ideia! 51.

Feliz Aniversário, Alexandre!

Temos muito mais do que 51 razões para lhe desejar felicidades.
Temos inumeras razões para expressar o nosso amor e admiração.
Que a cada dia sua vida seja intensa em realizações, saude e bem estar; seja repleta de graças e bênçãos, partilhadas junto a sua familia linda, e a todos os que lhe estimam.

Parabéns! Vida longa e feliz. Abraços e beijos.
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sábado, 18 de junho de 2011

CASA FARIA (faz trabalho, faz história...).

Querida família,

Visitem nosso site abaixo, ainda está em fase de construção, mas já podem dar uma espiadinha.

Essa casa tem um pouco de todos nós.

Esperamos que gostem!

Tereza e Alexandre.




sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia de Manuella. Viva, Manu!

Parabéns, Manuella querida!

Bênçãos e muitas felicidades para vc e sua linda família.

Com amor de sua família, receba os nossos beijos e carinho sempre presentes.



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E nas terras lusitanas, comemora-se o Dia de Portugal, Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas. Feriado Nacional com direito a um lindo dia de sol

Em homenagem a Manu e ao genial Camões, segue a linda e sempre atual poesia.



Poesia de Camões - "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Maio de Alegria.

Maio de Maria, de Alegria, de Festa em família.

Maio dos aniversariantes: Parabéns a Xandão, Teca e Rui.

Mais dos encontros em Família. Mais Maio em nossas vidas!

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